quarta-feira, 21 de maio de 2008

Oriente Médio:


O Oriente Médio está localizado na Ásia, o maior continente e o mais populoso. Ele é formado pela parte asiática do Egito - país predominantemente africano, países da península arábica - Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Irã; Chipre - país insular, que ocupa grande parte de uma ilha no Mediterrâneo, e pela Turquia – que embora possuindo uma parte de seu território na Europa, é considerado um país asiático.
Apresenta uma grande diversidade no quadro natural e em suas populações. A maioria é constituída por povos de origem árabe, mas possui judeus, turcos, curdos , gregos e palestinos.
Esta região é um ponto de convergência das três grandes religiões da atualidade: cristianismo, judaísmo e islamismo, e é marcada por conflitos políticos e religiosos que só podem ser compreendidos à luz da realidade histórica e geográfica.
O Oriente Médio possui uma grande importância política e econômica no mundo atual por sua posição estratégica no globo e por suas reservas de petróleo.
Embora o Oriente Médio fosse controlado pelo Império Turco-otomano até o final da primeira Guerra Mundial, a Inglaterra mantinha um intercâmbio comercial. Impôs seu domínio sobre toda a faixa litorânea da península Arábica, sem se descuidar dos pontos críticos da rota terrestre para a Índia, importante colônia inglesa.
Com o fim do Império Otomano, os territórios sob seu domínio foram fragmentados. A Palestina que foi conquistada em 1516 pelos turcos-otomanos, foi conquistada em 1917 pela Inglaterra até a formação do Estado de Israel em 1948. A Siria – nome anteriormente aplicado ao conjunto da área da Siria atual, Israel-Palestina, Libano, Jordânia, e que foi conquista otomana em 1516, tornou-se ocupação britânica em 1918, Estado árabe-independente entre 1918-1920 e de ocupação francesa em 1921. Os países: Barein, Iemem Iraque, Kuweit, Omã,Pérsia Catar e a Transjordânia passaram para o comando da Inglaterra. Creta foi incorporada à Grécia em 1913 e o Líbano ficou sob o domínio francês.
A França também tomava posição na região desenvolvendo um comércio no Egito, Siria e Líbano. Enquanto isso, a Inglaterra se expandia principalmente no Iraque e na Pérsia – atual Irã. Sua penetração defrontou-se com os interesses do império russo em expansão. A rivalidade anglo-russa na Pérsia, acirrada com as descobertas de petróleo em 1901, levou à assinatura de um tratado que estabeleceu zonas de influência ao norte e ao sul e uma faixa neutra intermediária.
Depois da Primeira Guerra Mundial, embora os britânicos transformassem a Síria num reino independente, a França conseguiu assegurar seu mandato sobre a região, dividindo-a em duas partes: Síria propriamente dita, com capital em Damasco, e Líbano, com capital em Beirute.
A Transjordânia – atual Jordânia e a Siria formavam uma unidade político territorial, até que a França reclamou seus direitos sobre a Síria, em 1921. O Reino Unido passou a reivindicar seu mandato sobre a Transjordânia - única via de escoamento para o Mediterrâneo - do petróleo que explorava no Iraque, além de conservar ininterrupta a rota terrestre para a Índia. Em 22 de março de 1946, a Inglaterra reconheceu a independência da Transjordânia, reservando-se o direito de manter forças militares no país, mantendo na prática, sua condição de protetorado.
A Segunda Guerra Mundial não mudou a situação. Ao contrário, em 1945, lideranças autonomistas criaram a Liga Árabe, reunindo a Argélia, Egito, Arábia Saudita, Iraque, Jordânia, Iemem, Síria e Líbia. A ONU – Organização das Nações Unidas, criuo condições em 1947 para o surgimento do Estado de Israel, gerando o que ficou conhecido até o final do século, como a Questão Palestina.
Somente após 1940, os ingleses e franceses foram afastados do Oriente Médio, o que legitimou o surgimento dos novos estados. Assim, com exceção de pequenos países da península Arábica, independentes após 1971, a maior parte dos países do Oriente Médio obteve sua independência do Reino Unido e da França após a década de 40.
Os anos seguintes reuniram, dividiram os árabes no enfrentamento às potências capitalistas. Alguns, como o Iraque, aproximaram-se da URSS. Outros, como o Irã, foram aliados dos norte-americanos por mais de duas décadas. Uniram-se e dividiram-se para enfrentarem Israel. Outras vezes, os árabes entraram em conflitos entre si. No entanto, as reservas petrolíferas, estratégicas para o capitalismo internacional, têm servido para criar um permanente estado de desconforto e conflitos na região. Dividir árabes ou estimular conflitos entre eles têm sido a principal arma.