A Geografia é uma ciência que tem como objeto principal de estudo o espaço geográfico que corresponde ao palco das realizações humanas. O homem sempre teve uma curiosidade aguçada acerca dos lugares onde desenvolvem as relações humanas e as do homem com a natureza, principalmente com o intuito de alcançar seus interesses. O conhecimento da Terra e de todas dinâmicas existentes configura como um objetivo intrínseco da ciência geográfica, essa tem seu início paralelo ao surgimento do homem, no entanto, sua condição de ciência ocorreu somente com o nascimento da civilização grega, na qual existiam pensadores filósofos que nessa época englobavam diversos conhecimentos de distintos temas, dentre eles Pitágoras e Aristóteles que já tinham convicção acerca da forma esférica do planeta. A Geografia recebe diversos significados, de uma forma genérica dizemos que geo significa Terra e grafia, descrição, ou seja, descrição da Terra, essa descreve todos os elementos contidos na superfície do planeta como atmosfera, hidrosfera e litosfera que compõe a biosfera ou esfera da vida (onde desenvolve a vida), além da interação desses com os seres vivos. O estudo da Geografia em sua fase inicial focaliza somente os elementos naturais, mais tarde, pesquisas unindo aspectos físicos com sociais foram estabelecidas, referentes à ação antrópica sobre o espaço natural. A partir desse momento teve início também o estudo sistemático das sociedades, tais como a forma de organização econômica e social, a distribuição da população no mundo e nos países, as culturas, os problemas ambientais decorrentes da produção humana, além de conhecer os recursos dispostos na natureza que são úteis para as atividades produtivas (indústria e agropecuária). Assim, o estudo geográfico conduz ao levantamento de dados sobre os elementos naturais que atingem diretamente a vida humana como clima, relevo, vegetação, hidrografia entre outros. A Geografia moderna tem como precursor Humbold, que baseava no empirismo, posteriormente surgiram diversos outros pensadores que agregaram conhecimentos e conceitos distintos que serviram para o enriquecimento da ciência.
sábado, 19 de setembro de 2009
Geografia positivista
A GEOGRAFIA NEOPOSITIVISTA/QUANTITATIVA
A nova Geografia, ou Geografia teorética, se caracterizou principalmente pelo traço positivista no que se refere à busca de explicações científicas e à formulação de leis, aceitando uma profunda unidade entre as ciências e a possibilidade de transferência de teoria de um campo para o outro.
Nesta ótica, só a matemática poderia ser legítima como instrumento de conhecimento, abrindo também a possibilidade de aplicação de lei nas ciência sociais.
A descrição regional que até então estava sendo usada eliminava, segundo Shaefer, o conteúdo científico da Geografia tornando-se necessário a integração científica da Geografia à outras ciência por meio da formulação de leis gerais. Shaefer rejeita o conceito de região em pauta
propondo um resgate do determinismo de Ratzel. Tratava-se da busca de uma teoria que, segundo Bunge, citado por Capel (1981), era o coração da ciência. Ainda segundo Bunge, as característica da teoria deviam ter: clareza, simplicidade, generalidade e exatidão, o que
se conseguiria fundamentalmente com a utilização de princípios matemáticos.
A observação e o trabalho empírico aparecem agora no final do método e não no início, como ocorria nos métodos indutivos dominantes. A Geografia quantitativa tomou como base a ideia de que a transferência de teoria e conhecimentos de um campo para o outro só se torna possível através de uma linguagem única, qual seja a matemática. Portanto, se a matemática é a
linguagem das ciências em geral deve ser também a da Geografia. Faz-se uso para tanto de técnica estatística para garantir a exatidão e confiabilidade dos resultados. A revolução crítica, ocorrida na década de cinquenta, surge como uma reação ao caráter essencialmente descritivo da Geografia, influenciada basicamente pela Geografia francesa. As ciências, em geral, passavam por um processo de mudança em suas bases epistemológicas na busca de acabar com a
incerteza e indeterminações presentes. O retorno ao racionalismo se dá através de um positivismo crítico, ou neopositivismo.Temos, assim, os principais pontos que caracterizaram a
passagem de uma Geografia clássica para uma moderna, substituindo o comportamento tradicional, defasado e antiquado pela exatidão conseguida através da revolução
quantitativa, substituindo a singularidade pela generalidade.
A nova Geografia, ou Geografia teorética, se caracterizou principalmente pelo traço positivista no que se refere à busca de explicações científicas e à formulação de leis, aceitando uma profunda unidade entre as ciências e a possibilidade de transferência de teoria de um campo para o outro.
Nesta ótica, só a matemática poderia ser legítima como instrumento de conhecimento, abrindo também a possibilidade de aplicação de lei nas ciência sociais.
A descrição regional que até então estava sendo usada eliminava, segundo Shaefer, o conteúdo científico da Geografia tornando-se necessário a integração científica da Geografia à outras ciência por meio da formulação de leis gerais. Shaefer rejeita o conceito de região em pauta
propondo um resgate do determinismo de Ratzel. Tratava-se da busca de uma teoria que, segundo Bunge, citado por Capel (1981), era o coração da ciência. Ainda segundo Bunge, as característica da teoria deviam ter: clareza, simplicidade, generalidade e exatidão, o que
se conseguiria fundamentalmente com a utilização de princípios matemáticos.
A observação e o trabalho empírico aparecem agora no final do método e não no início, como ocorria nos métodos indutivos dominantes. A Geografia quantitativa tomou como base a ideia de que a transferência de teoria e conhecimentos de um campo para o outro só se torna possível através de uma linguagem única, qual seja a matemática. Portanto, se a matemática é a
linguagem das ciências em geral deve ser também a da Geografia. Faz-se uso para tanto de técnica estatística para garantir a exatidão e confiabilidade dos resultados. A revolução crítica, ocorrida na década de cinquenta, surge como uma reação ao caráter essencialmente descritivo da Geografia, influenciada basicamente pela Geografia francesa. As ciências, em geral, passavam por um processo de mudança em suas bases epistemológicas na busca de acabar com a
incerteza e indeterminações presentes. O retorno ao racionalismo se dá através de um positivismo crítico, ou neopositivismo.Temos, assim, os principais pontos que caracterizaram a
passagem de uma Geografia clássica para uma moderna, substituindo o comportamento tradicional, defasado e antiquado pela exatidão conseguida através da revolução
quantitativa, substituindo a singularidade pela generalidade.
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