sábado, 25 de março de 2017

Mapa-mundi de Sallustio

“Mapa-mundi de Sallustio, século IV”,A “Carta de Ebstorf, Gervásio de Tilbury, 1284”, com quatro metros de altura e uma impressionante riqueza de detalhes, representa o mundo como o corpo de Cristo, cuja cabeça, mãos e pés ultrapassam as margens circulares da moldura, rica em pormenores acerca de passagens bíblicas e de representações de terras mais distantes, como a África.

As visões de mundo analisadas refletem as tecnologias disponíveis para o conhecimento e a representação do planeta em cada momento da História e o contexto cultural no qual foram produzidas. Assim, a história da cartografia é também a história de como a humanidade refletiu sobre as características do mundo e de si mesma, em tempos sociais diferentes.“Mapa-mundi de Sallustio, século IV”, na página 3 no caderno do aluno.
A “Carta de Ebstorf, Gervásio de Tilbury, 1284”, com quatro metros de altura e uma impressionante riqueza de detalhes, representa o mundo como o corpo de Cristo, cuja cabeça, mãos e pés ultrapassam as margens circulares da moldura, rica em pormenores acerca de passagens bíblicas e de representações de terras mais distantes, como a África.
As visões de mundo analisadas refletem as tecnologias disponíveis para o conhecimento e a representação do planeta em cada momento da História e o contexto cultural no qual foram produzidas. Assim, a história da cartografia é também a história de como a humanidade refletiu sobre as características do mundo e de si mesma, em tempos sociais diferentes.

O meio natural: o contexto do senhor dos ventos

Vamos compreender a produção do espaço mundial como um processo econômico e político na escala da longa duração. A ideia de mundo mudou ao longo de séculos, de acordo com as características sociais e políticas de cada sociedade e do acúmulo de conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos em diferentes épocas. Mas é difícil imaginar como os antigos representavam o planeta Terra. Então, um primeiro passo é relacionar as formas de representação da Terra com a cosmovisão (como era a situação, universo) do homem medieval.
Na Idade Média, foram produzidos muitos mapas, mas quase todos dominados pelo sentido cristão do sobrenatural.
Os mais famosos, conhecidos como mapas T-O, representavam o mundo habitado como um disco chato (“O”), centrado em Jerusalém. A divisão entre os três continentes conhecidos (Europa, Ásia e África) era representada por meio de cursos d’água, que formavam o “T”. Um exemplo é o “Mapa-mundi de Sallustio, século IV”.