quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mata Atlântica


Originalmente, o bioma mata atlântica cobria uma área de aproximadamente 15% do território nacional e estendia-se do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, cobrindo trechos de tabuleiros, costões, baixadas, dunas, serras e escarpas planálticas.

A variação topográfica é uma das chaves da enorme variação fisionômica que caracteriza o bioma, o qual está entre os mais biodiversos do mundo. Nas escarpas, as árvores geralmente não apresentam mais de 20 metros de altura, pois sua distribuição em diferentes cotas altimétricas torna a competição pela luz menos intensa. Nos topos serranos, a floresta geralmente cede lugar aos campos de altitude. Nas cotas mais baixas, o estrato arbóreo superior chega a atingir cerca de 35 metros de altura, formando um dossel com características muito similares aos da mata de terra firme amazônica. Nas áreas mais elevadas do Sul do bioma, surgem espécies características de florestas subtropicais, tais como a araucária.

Estima-se que mais de 90% da Mata Atlântica já tenha sido desmatado. As manchas fragmentárias remanescentes, a maior parte delas situada em serras, encostas íngremes ou unidades de conservação, testemunham a enorme riqueza biológica que já foi perdida. Observe o mapa

Os biomas


De acordo com o Vocabulário Básico sobre os Recursos Naturais e Meio Ambiente Link externo do IBGE, um bioma corresponde a um “conjunto de vida (vegetal e animal) definido pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria”. Nessa perspectiva, a cobertura vegetal é considerada uma síntese da paisagem e, como tal, elemento preponderante para a delimitação dos biomas.

O mapa  apresenta os sete biomas brasileiros. Eles são usados como referência espacial na legislação ambiental brasileira, em geral, e no Código Florestal, em particular. Por isso, nas próximas telas, vamos abordar a natureza brasileira considerando esta delimitação.

Os domínios morfoclimáticos e fitogeográficos




A regionalização da Geografia Física do Brasil, segundo o conceito de domínios morfoclimáticos e fitogeográficos, foi elaborada pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber na década de 1960. Como toda classificação regional, ela parte de critérios; neste caso, de critérios que integram principalmente a morfologia do terreno e as condições climáticas (com um tratamento que enfatiza o relevo). No interior dessa combinação de clima e relevo, são levados em consideração alguns elementos derivados como tipos de solo, hidrografia e, principalmente, formações vegetais, que são a dimensão fitogeográfica da regionalização. A escala geográfica empregada é uma ordem de grandeza que pode variar de centenas de milhares a milhões de quilômetros quadrados de área. Nessa escala, evidentemente, pode-se notar em cada domínio uma certa diversidade.