Originalmente, o bioma mata atlântica cobria uma área de aproximadamente 15% do território nacional e estendia-se do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, cobrindo trechos de tabuleiros, costões, baixadas, dunas, serras e escarpas planálticas.
A variação topográfica é uma das chaves da enorme variação fisionômica que caracteriza o bioma, o qual está entre os mais biodiversos do mundo. Nas escarpas, as árvores geralmente não apresentam mais de 20 metros de altura, pois sua distribuição em diferentes cotas altimétricas torna a competição pela luz menos intensa. Nos topos serranos, a floresta geralmente cede lugar aos campos de altitude. Nas cotas mais baixas, o estrato arbóreo superior chega a atingir cerca de 35 metros de altura, formando um dossel com características muito similares aos da mata de terra firme amazônica. Nas áreas mais elevadas do Sul do bioma, surgem espécies características de florestas subtropicais, tais como a araucária.
Estima-se que mais de 90% da Mata Atlântica já tenha sido desmatado. As manchas fragmentárias remanescentes, a maior parte delas situada em serras, encostas íngremes ou unidades de conservação, testemunham a enorme riqueza biológica que já foi perdida. Observe o mapa