sábado, 17 de maio de 2008

ISRAEL:


Como surgiu Israel e quais são os fundamentos do Estado?

Israel é um Estado de maioria judaica na população, mas com uma importante minoria árabe. Essa minoria, mais ou menos 20% da população, tem direitos iguais de acordo com a lei e tem asseguradas toda as liberdades individuais, incluindo liberdade religiosa e de culto.
Entretanto, o Estado de Israel, estabelecido como o Estado independente do povo judeu em sua terra ancestral (Terra Prometida), é um Estado Judeu, ou seja, é o Estado do povo judeu e da nação judaica, que através dele exerce seu direito à autodeterminação nacional. É também um Estado judaico sob a ótica internacional, de acordo com os entendimentos internacionais e respectivas resoluções, incluindo a Declaração Balfour, pela qual o governo britânico se obrigou a estabelecer um lar nacional para os judeus na Palestina, e a Resolução 181 de 29 de novembro de 1947, da ONU, na qual a Assembléia Geral, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, resolveu, por 33 votos a 13, pôr fim ao mandato britânico sobre a Palestina (Eretz Israel) e lá estabelecer dois Estados, um judeu e um árabe.
Os judeus aceitaram a resolução com alegria, e quando o Mandato terminou, David Ben Gurion declarou "o estabelecimento do Estado Judeu, a ser conhecido como Estado de Israel". A declaração da Independência provia a base para a manutenção de um Estado judeu democrático, que iria assegurar igualdade entre seus cidadãos, independentemente de religião, raça, sexo ou nacionalidade. Esta garantia tem suportado o duro teste da realidade e do conflito até aos presentes dias.
Assim, ao mesmo tempo, Israel preenche o difícil duplo papel de ser um Estado moderno e democrático, o Estado de seus cidadãos – seja qual for sua nacionalidade, religião, cultura ou visão política – e o Estado do povo judeu, comprometido com os problemas desse povo, identificado com sua herança, sua história e suas aspirações, papel para o qual foi concebido e criado. O conflito árabe-israelense tornou mais difícil conciliar essa visão dupla e complementar, mas Israel não se afastou dela nem nos momentos de maior crise. Ao mesmo tempo em que é um Estado moderno e democrático e, apesar dos problemas, de igualdade de direitos e liberdades civis para todos os seus cidadãos, Israel continua e continuará a ser o único Estado do povo judeu

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